domingo, 31 de julho de 2011

Ser feliz!

Quantas vezes nós pensamos em desistir, deixar de lado o ideal e os sonhos.

Quantas vezes batemos em retirada com o coração amargurado pela injustiça.

Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade,sem ter com quem dividir.

Quantas vezes sentimos solidão mesmo cercados de pessoas.

Quantas vezes falamos sem sermos notados.

Quantas vezes lutamos por uma causa perdida.

Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota.

Quantas vezes aquela lágrima teima em cair justamente na hora em que precisamos parecer fortes.

Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz.

E a resposta vem seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor.

E a gente insiste, insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser.

E Deus insiste em nos abençoar, em nos mostrar o caminho, aquele mais difícil, mais complicado, porém, o mais bonito.

E a gente insiste em seguir por que tem uma missão: SER FELIZ!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Corpo de Amy é cremado em Londres

O corpo da cantora Amy Winehouse foi cremado hoje, 26, três dias após ela ter sido encontrada morta em sua casa no norte de Londres. Antes, a família fez uma cerimônia privada para lembrar a cantora, que reuniu cerca de 300 parentes e amigos.

O pai de Amy, Mitch Winehouse, falou sobre a infância da filha, e disse que ela vivia um dos momentos mais felizes de sua vida, após ter encontrado o amor do diretor de cinema Reg Traviss. "Ele a ajudava com seus problemas, e Amy queria construir um futuro com ele." Mitch disse ainda que a filha conseguira se livrar das drogas havia três anos e que lutava contra o alcoolismo. Segundo ele, Amy estava sem beber havia três semanas.

O pai afirmou que, na madrugada de sábado a filha tocava uma bateria que tinha comprado recentemente. Um segurança disse que era hora de parar, por causa dos vizinhos, e ela teria ido dormir.Na manhã seguinte, o segurança foi checar e achou que ela estivesse dormindo. Por volta das 16h, viu que não respirava e chamou a polícia.

"Saber que ela não estava deprimida, que morreu feliz, nos faz se sentir melhor." Mitch terminou sua fala dizendo: "Boa-noite, meu anjo. Mamãe e papai vão sempre te amar muito".

A cerimônia religiosa foi conduzida por um rabino e concluída com a música "So Far Away", da cantora americana Carole King, que era a preferida de Amy. Apesar de a família tentar manter o local da cerimônia e da cremação em segredo, repórteres, fotógrafos e fãs se aglomeravam nas portas.

Dois integrantes do programa "Pânico", da Rede TV!, porém, conseguiram se infiltrar no funeral: Daniel Zukerman, o Impostor, e André Machado, da produção da atração, aparecem em várias fotos, enviadas pelas agências internacionais de notícias, como se fizessem parte dos convidados da cerimônia.

Ainda não foi divulgada a causa da morte da cantora, que tinha 27 anos. A necropsia foi inconclusiva, e a polícia pediu novos exames, cujos resultados podem demorar um mês.

Por Folhapress

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Morre Amy Winehouse, uma das maiores estrelas da música britânica

Amy Winehouse, uma das maiores estrelas da música britânica dos últimos anos, era uma cantora de soul de um extraordinário talento musical e dona de uma voz poderosa, cuja carreira foi interrompida neste sábado após sua morte. Aos 27 anos, a intérprete de "Rehab" se uniu neste sábado à lista de músicos lendários que morreram exatamente com essa idade, como Jim Morrison, Kurt Cobain e Janis Joplin, após um histórico de problemas com álcool e drogas.

Amy foi encontrada morta neste sábado em seu apartamento de Camden Town, no norte de Londres, um mês após ela ter suspendido sua turnê europeia por causa do fracasso de seu show em Belgrado, no qual mal conseguiu cantar e chegou a ser vaiada. Com músicas como "Love Is A Losing Game" e "You Know I Am Not Good", Amy foi comparada a Sarah Vaughan por sua voz intensa, e a Billie Holiday e até mesmo a Edith Piaf por sua criatividade, sua vulnerabilidade e seus excessos. Com seus cabelos escuros, seus olhos sempre pintados e sua extrema magreza, Amy tinha uma personalidade forte. Musicalmente, era considerada uma cantora de soul, mas não fugia das influências do jazz e até mesmo do rap.

Sua curta carreira foi dominada por escândalos, problemas com a Polícia, uso excessivo de drogas e álcool, bulimia, brigas com o marido, overdose, cancelamento de shows e internações constantes em centros de reabilitação. A forma como ela levava a vida fez com que a notícia de sua morte neste sábado provocasse mais consternação do que surpresa no Reino Unido. A cantora e compositora teve problemas com as drogas quando era adolescente, mas que se intensificaram e foram especialmente noticiados desde que seu álbum "Back to Black" se transformou em um enorme sucesso mundial. Publicado em outubro de 2006, vendeu 15 milhões de cópias, foi eleito o melhor álbum do ano em 2007 e em fevereiro de 2008 transformou Amy na primeira cantora britânica a ganhar cinco Grammys. Com letras influenciadas por suas experiências pessoais, Amy chamou a atenção midiática e dominou as páginas dos tablóides britânicos.

Seu maior sucesso, "Rehab", fala sobre sua rejeição em comparecer a um centro de reabilitação para alcoólicos. O clipe da música foi visto neste sábado por cerca de 40 milhões de pessoas na internet. Em 2003, Amy havia publicado seu primeiro disco, "Frank", que vendeu 1,5 milhão de exemplares e que lhe rendeu uma nomeação ao Mercury Prize e ao Ivor Novello Award em 2004 pela música "Stronger Than Me". Atualmente, preparava seu terceiro álbum, segundo sua gravadora, a Universal, que confirmou a morte da cantora neste sábado e transmitiu suas condolências à sua família.
Amy Jade Winehouse nasceu em 14 de setembro de 1983 em Londres em uma família de origem judaica. Aos 10 anos fundou seu primeiro grupo de rap e aos 14 anos começou a escrever músicas de jazz. Em 2007, casou-se em segredo com Blake Fielder-Civil, que foi preso por agredir o dono de um pub londrino. Os dois se divorciaram em 2009. A última aparição pública da cantora foi na última quarta-feira em um teatro de Camden Town.

Terra.com

terça-feira, 19 de julho de 2011

JMJ 2011 - Madrid

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um grande acontecimento religioso e cultural que, a cada três anos, reúne jovens de todo o mundo durante uma semana. O objectivo é partilhar com os jovens de hoje a mensagem de Cristo, e criar um ambiente aberto e de convivência para reflectir em conjunto sobre as questões fundamentais da existência.

É o acontecimento mais internacional e numeroso que a Igreja Católica organiza em todo o mundo. O Papa convoca os jovens do planeta, escolhe o local do próximo encontro e o tema da JMJ. Orienta também o modo de o preparar e realizar, e preside à celebração, na presença dos bispos de todo o mundo.

Os objectivos prioritários da JMJ são a evangelização, a comunhão eclesial com o Santo Padre e a peregrinação na fé.

Até agora foram organizadas JMJ em 1985 em Roma (Itália), em 1987, em Buenos Aires (Argentina), em 1989 em Santiago de Compostela (Espanha), em 1991, em Czestochowa (Polónia), em 1993 em Denver (EUA), em 1995 Manila (Filipinas), em 1997 em Paris (França), em 2000 em Roma (Itália), em 2002 em Toronto (Canadá), em 2005 em Colónia (Alemanha), e a última em Julho de 2008, em Sydney (Austrália). Ali convocou os jovens para a próxima JMJ em Madrid (Espanha) de 16 a 21 de Agosto de 2011 com o tema "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (São Paulo, carta aos Colossenses, 2, 7).

sábado, 16 de julho de 2011

Eternos amigos

Se eu tentasse definir
O quão especial tu és pra mim
Palavras não teriam fim
Definir o amor não dá
Então direi apenas obrigado
E sei que entenderás

Precioso és para Deus e para mim
Se acaso precisar podes contar comigo
Precioso és para Deus e para mim
Que a fé de Deus nos faça eternos amigos

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fim da árvore genealógica

Fim da árvore genealógica...e dos tempos....


Vai ser avó de quem?


Mãe, vou casar!
Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ?

Não é moça. Vou casar com um moço.. O nome dele é Murilo.
Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?

Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
Nada, não... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.

Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.

Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho.
Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea... E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?

Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
Tá ! Biscoito... Já gostei dele.. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?

Por quê ?
Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.

Você acha que o Papai não vai aceitar ?
Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver.. . Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metade com bigode.

Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos são gays.
Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.

A Bel já tá namorando.
A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?

Uma tal de Veruska.
Como ?

Veruska...
Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.

Mãe !!!...
Tá.., tá..., tudo bem...Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto ..

Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?

Quando ele era hétero... A Veruska.
Que Veruska ?

Namorada da Bel...
"Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... É a atual namorada da tua irmã . Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...

É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero...
De quem ?

Da Bel.
Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska.

Isso.
Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.

Em termos...
A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.

Por aí...
Por outro lado, a Bel....,além de mãe, é tia... Ou tio... Porque é tua irmã.

Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.

Exato!
Agora eu entendi ! Agora eu realmente entendi...

Entendeu o quê?
Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!

Que swing, mãe ?!!....
É swing, sim ! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra.....

Mas...
Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio..

A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
Sei !!! ... E quando elas quiserem ter filhos...

Nós ajudamos.
Quer saber ? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero,o espermatozóide. .. A única coisa que eu entendi é que...

Que.... ?
Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser foda.


* ( Luiz Fernando Veríssimo )

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O desafio de ensinar a língua para todos

- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.

É óbvio: o célebre poema O Capoeira, de Oswald de Andrade (1890-1954), está quase integralmente em desacordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. Isso não impede, entretanto, que Pau Brasil, o livro de 1925 em que o texto está incluído, seja estudado nas escolas e frequente as listas de leitura obrigatória das mais concorridas universidades do país.

Do regionalismo de Jorge Amado à prosa contemporânea da literatura marginal, passando pelo modernismo de Mário de Andrade e Guimarães Rosa, refletir sobre as variedades populares da língua, típicas da fala, tem sido uma maneira eficaz de levar os alunos a compreender as formas de expressão de diferentes grupos sociais, a diversidade linguística de nosso país e a constatação de que a língua é dinâmica e se reinventa dia a dia.

A discussão, porém, tomou um caminho diferente no caso do livro Por Uma Vida Melhor, volume de Língua Portuguesa destinado às séries finais na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Um excerto do capítulo "Escrever É Diferente de Falar" foi entendido como uma defesa do "falar errado". Muitas pessoas expressaram o temor de que isso representasse uma tentativa de desqualificar o ensino das regras gramaticais e ortográficas que regem a Língua Portuguesa. De fato, não se pode discutir que o papel da escola é (e deve continuar sendo) ensinar a norma culta da língua.

Conhecer e dominar a comunicação segundo o padrão formal representa, sem dúvida, um caminho poderoso para a ascensão econômica e social de indivíduos e grupos. Acima de tudo, é uma das maneiras mais eficazes por meio das quais a escola realiza a inclusão social: permitir o acesso a jornais, revistas e livros é abrir as portas para todo o conhecimento científico e filosófico que a humanidade acumulou desde que a escrita foi inventada.

Mas, afinal, do ponto de vista da prática pedagógica, está correto contemplar nas aulas a reflexão sobre as variantes populares da língua? A resposta é sim. A questão ganhou relevância com a universalização do ensino nas três últimas décadas. Com a democratização do acesso à Educação, a escola passou a receber populações não familiarizadas com a norma-padrão. Nesse percurso, surgiu a tese de que falar "errado" representava um impedimento para aprender a escrever "certo". Pesquisas na área de didática mostraram exatamente o contrário: o contato com a norma culta da escrita impacta a oralidade. Ao escrever do jeito previsto pelas gramáticas, o aluno tende a incorporar à fala as estruturas e expressões que aprendeu.

Contemplar as variantes da língua exige preparo docente

Não custa enfatizar, entretanto, que o respeito às variedades linguísticas por meio das quais os estudantes se expressam ao chegar à escola não significa que o professor deva abrir mão do ensino da norma culta. Ao contrário. O que se pretende é que a reflexão sobre as relações entre oralidade e escrita leve os estudantes a compreender a linguagem como uma atividade discursiva. Ou seja, um processo de interação verbal por meio do qual as pessoas se comunicam.

Pensar a fala e a escrita como discurso não é pouca coisa: exige competência para planejar a expressão de acordo com o lugar em que ela vai circular (uma conferência acadêmica? Uma conversa no jantar?), levando em conta seus interlocutores (uma autoridade? Um grupo de amigos?) e a finalidade da comunicação (expor um argumento? Relembrar uma lista de compras?). Dessa perspectiva, os gêneros escritos continuam com espaço cativo. A diferença (para melhor) é que você, professor, deve ocupar-se também das situações formais de uso da linguagem oral (seminários, entrevistas, apresentações etc.), igualmente fundamentais para o exercício da cidadania.

Cabe lembrar, ainda, que valorizar os modos de expressão coloquiais é uma opção especialmente válida na EJA. As experiências indicam com clareza que iniciar o trabalho mostrando a utilidade daquilo que os estudantes conhecem é um dos pontos de partida mais eficazes para mobilizar o público dessa etapa de ensino - adolescentes e adultos com trajetórias escolares marcadas pela falta de oportunidades, o abandono e a multirrepetência, vários empurrados para fora das salas por um ensino excessivamente apegado à repetição de nomenclaturas e à memorização de regras estruturais.

Por trás da crítica ao diálogo da escola com os saberes populares está a defesa, muitas vezes inadvertida, de um sistema educacional campeão em evasão, reprovação e analfabetismo funcional. Como o que construímos até hoje.

Nova Escola
Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@abril.com.br)