terça-feira, 22 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Niver do meu irmão Felipe
Você é um presente de Deus, luz que encoraja e faz viver. Você tem o dom de amar, tem a simplicidade, a paciência, e o carisma que fazem de você um ser maravilhoso.
Eu te adoro e te admiro por tudo que você é, por tudo que você representa,
pelo simples fato de você existir.
Que este dia seja como o Sol, brilhe com toda intensidade, com toda sua plenitude e magia, te desejo toda a felicidade do mundo.
Que hoje seja um grande dia, que o amor que nos uniu um dia por laços familiares, possa nos unir sempre.
Você é um grande irmão.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Beija-Flor comemora título com 8 mil pessoas na quadra em Nilópolis - Rio
Homenagem ao cantor Roberto Carlos rendeu 12º título à agremiação.
A Beija-Flor conquistou o seu 12º campeonato com o enredo “A simplicidade de um rei”. A escola de samba de Nilópolis foi líder isolada na apuração realizada na tarde desta quarta-feira na Marquês de Sapucaí, no Centro da cidade, e ficou apenas dois décimos abaixo da nota máxima. A Unidos da Tijuca é a vice-campeã.
O Rei conversou com a reportagem da TV Globo logo após o anúncio: “Sem dúvida que essa, é senão a maior, uma das maiores consagrações que já recebi na minha vida“, disse o cantor, que acompanhou o resultado em casa. Mais tarde, já na quadra para comemorar a vitória, completou: "Já tive muitas emoções, mas essa foi coisa séria, realmente muito séria".
O Rei chegou à quadra da Beija-Flor por volta das 20h30 e foi ovacionado pela multidão que comemorava o título: "É uma emoção que eu jamais vou esquecer na minha vida. É algo que vai ficar para sempre na minha vida e no meu coração", afirmou ele, que completou: "É uma emoção que eu jamais pensei que fosse desse tamanho".
A escola distribuiu 30 mil latas de cerveja para o público que lotou o local. Sob o comando do mestres Plínio e Rodney, a bateria apresentou um show à parte e tocou o samba campeão deste ano, que foi puxado por Neguinho da Beija-Flor: “O coração está a mil. Nossos ensaios são muito rigorosos para que corra tudo bem na Avenida. Já era esperado um bom desempenho. Mas com o enredo do Roberto e o público levantando na avenida, já era esperado”, disse.
Roberto Carlos falou sobre a escolha do enredo: "É muita responsabilidade para mim ser enredo de uma escola como a Beija-Flor. Foi a primeira coisa que eu pensei. A primeira coisa que eu perguntei foi: ‘Vocês acham que ser enredo da Beija-Flor dá campeonato?’ E aí, eles disseram: ‘Fica tranquilo’. Aí eu confiei na equipe. Sempre fui Beija-Flor, agora ainda mais”, declarou.
Com o Rei no palco, as milhares de pessoas cantaram “Emoções”, um dos seus maiores sucessos. Em seguida, aos gritos de "a campeã voltou", os componentes estremeceram as estruturas da quadra. Raissa, rainha de bateria, também esteve na quadra e festejou a vitória: “O desfile foi maravilhoso, estou muito feliz com o campeonato e muito emocionada”, disse a musa.
Para garantir a segurança da festa, policiais do 20º BPM (Mesquita) reforçaram o policiamento no local. Segundo a Polícia Militar, até as 2h, não houve registro de nenhuma ocorrência grave.
Reconhecimento
Seliminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor, foi ovacionada pelo público assim que chegou à quadra da escola. Ela comentou a dificuldade de desfilar com a pista da Sapucaí suja de óleo, derramado pelo último carro alegórico da Porto da Pedra.
“Posso dizer que o óleo não conseguiu superar o meu reinado e o do Claudinho (mestre-sala). Estou muito feliz, esse já é o décimo título que eu conquisto com a escola. Hoje só quero comemorar, não estou nem com vontade de dormir”, disse.
Para o passista Anderson Bezerra, o melhor momento do desfile é quando a comunidade ocupou toda a Passarela do Samba: “A parte mais bacana do desfile é quando a escola ocupa a Avenida inteira e a comunidade sempre cantando forte o samba e dando o sangue na Sapucaí. Graças a Deus o trabalho da comunidade foi reconhecido. Estão todos de parabéns”, afirmou.
O mestre-sala Claudinho disse na comemoraçao do título da escola que ele e Selminha Sorriso tiveram que mudar o estilo por conta do óleo na pista do Sambódromo: "Poderiamos arriscar e manter nosso ritmo rápido, mas optamos por ir mais devagar. Não conseguimos as cinco notas dez, mas valeu a pena. Somos campeões", comemora.
Comissão de frente inovou
O ilusionista Issao Imamura, que ajudou o coreógrafo Carlinhos de Jesus a montar a performance da comissão de frente da Beija-Flor, também comemorou o título na quadra: “Carlinhos de Jesus é disciplinado para comandar a equipe e entende as necessidades do ilusionismo. É um dos poucos profissionais de sua área que conseguem fundir as duas artes – a dança e o ilusionismo”, disse.
O menino Pedro Henrique é uma das promessas da Beija-flor. Com apenas 10 anos, ele é passista da escola mirim da Beija-Flor. A evolução do garoto emocionou e rendeu aplausos do público que lota a quadra da escola. Ele diz que aprendeu o ofício com o seu tio, o falecido Edinho, que foi passista da Beija-flor. Pedro é filho de uma das diretoras da escola, Lucy Ribeiro.
“A Beija-Flor estava maravilhosa. Fiz questão de permanecer no Rio para acompanhar a apuração e comemorar o resultado com Carlinhos de Jesus e Claudia Raia”, completou o ilusionista, acrescentando que considera este “um carnaval histórico para a magia e o ilusionismo”, já que três grandes escolas, no Rio e em São Paulo, lançaram mão das técnicas e de seus truques para mobilizar o público na Avenida.
O desfile
Última a se apresentar na segunda noite do carnaval carioca, a Beija-Flor de Nilópolis entrou na avenida com uma plateia de fãs do cantor já empolgados, com bandeirinhas e as rosas que Roberto sempre distribui durante os shows. O desfile, de uma hora e 17 minutos de duração, começou às 5h16 e encerrou às 6h32 de terça-feira.
O enredo "Roberto Carlos: A simplicidade de um rei" levou calhambeques, lambretas e imagens religiosas para a passarela do samba, num total de oito carros alegóricos e 4 mil componentes, divididos em 47 alas. O samba-enredo foi interpretado por Neguinho da Beija-Flor.
A infância do Rei, vivida no município de Cachoeiro de Itapemirim (ES), era tema da comissão de frente, representada por um Roberto menino que perseguia componentes que simbolizavam notas musicais. Eles entravam na escultura de um imenso rádio antigo, onde sumiam e reapareciam com a atriz Claudia Raia, que representava todas as musas inspiradoras do Rei.
Para fechar o desfile, a Beija-Flor exaltou a religiosidade do cantor, com imagens sacras e mensagens de fé e paz. Fundada em 1948, a escola representada pelas cores azul e branca foi campeã do carnaval carioca nos anos de 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005,2007, 2008 e 2011. No ano passado, a Beija-Flor ficou em terceiro lugar.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Vai-Vai é a campeã do carnaval de SP
Resultado final foi anunciado na tarde desta terça (8) no Anhembi.A agremiação do bairro do Bixiga terminou a apuração isolada na liderança com 269,50 pontos e sagrou-se tetradecacampeã do carnaval paulistano, à frente de Acadêmicos do Tucuruvi e Unidos de Vila Maria, ambas com 269.25 pontos. Em quarto lugar ficou a Mancha Verde, com 268,75 pontos, seguida pela Gaviões da Fiel, com 268,50.
Foram rebaixadas as escolas Nenê de Vila Matilde e Unidos do Peruche. Esta última começou a apuração com cinco pontos a menos como punição por ter estourado o tempo na avenida e desfilado com um carro alegórico a menos do que o mínimo exigido.
Ao todo, nove quesitos foram avaliados: enredo, evolução, alegoria, fantasia, bateria, samba-enredo, mestre-sala e porta-bandeira, harmonia e comissão de frente. Cada um deles recebeu nota de cinco jurados. Confira as notas das escolas.
O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, conhecido como Neguitão, agradeceu a vitória do carnaval 2011 ao maestro João Carlos Martins. “Agradeço primeiramente ao meu pai Ogun, meu protetor, à toda comunidade e a esse anjo que é o maestro João Carlos Martins.”
Darly Silva disse ainda que foi um “grande desfile” e afirmou que o carnaval “provou que a Vai-Vai é a escola do povo e maior vencedora do Carnaval, com seu 14º título”.
Desfile de celebridades
A Vai-Vai foi a penúltima escola a desfilar já no início da manhã de sábado, primeiro dia do carnaval de São Paulo. A apresentação começou às 6h e encerrou às 7h01.
A comissão de frente trouxe uma síntese da vida do maestro João Carlos Martins. Entre os 16 componentes da comissão estavam representados a música, a política, as mulheres e o futebol, uma das paixões de Martins, que torce para a Portuguesa.
Dois componentes com pernas-de-pau representaram pinturas de Salvador Dalí. O pintor espanhol teria dito ao maestro que ele era o maior intérprete do compositor Johann Sebastian Bach, após assistir a uma de suas apresentações no Carnegie Hall.
Com mais de 70 metros, o carro abre-alas - na verdade três alegorias acopladas - sofreu uma pequena avaria na lateral durante a entrada no Sambódromo, mas não comprometeu o desfile.
O primeiro setor da Vai-Vai, dedicado aos deuses da música, trouxe a figura de Apolo como uma das principais alegorias. O segundo carro alegórico trouxe duas esculturas: uma de Sebastian Bach e outra que representou João Carlos Martins na infância.
Ao lado do mestre de bateria Tadeu e seus 300 ritmistas, o maestro Sergei de Carvalho tocou violino durante o desfile da agremiação. A passista Nani Moreira também desfilou com o instrumento em sua estreia na escola de samba.
A cantora Maria Rita, que desde 2008 era madrinha da ala dos compositores da Vai-Vai, foi coroada madrinha da bateria da agremiação. Já a dançarina Camila Silva foi a rainha de bateria.
Pingo e Paulinha formaram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e desfilaram fantasiados de Orfeu e Eurídice.
Longe do carnaval desde 2009, a modelo Ana Hickman voltou ao Anhembi como madrinha da escola.
O grupo teen Restart, pela primeira vez na avenida pela Vai-Vai, demonstrou nervosismo ao entrar no Anhembi. Mas os adolescentes não deixaram de levar a marca para a Avenida: o colorido das roupas. O ex-jogador de futebol Cafu também desfilou pela escola.
Quatorze vezes campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, a escola de samba fundada em 1930 ganhou os títulos em 1978, 1981, 1982, 1986, 1987, 1988, 1993, 1996, 1998, 1999, 2000, 2001, 2008 e 2011. No carnaval do ano passado, a Vai-Vai ficou na terceira colocação, atrás da Mocidade Alegre e da campeã Rosas de Ouro.
terça-feira, 8 de março de 2011
Beija-Flor, Salgueiro e União da Ilha são destaques da 2ª noite no Rio
Salgueiro será penalizada por atraso; incêndio tirou União da disputa.
Beija-Flor, Salgueiro e União da Ilha foram os destaques da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Mas Salgueiro será penalizado por extrapolar o tempo de desfile em 10 minutos e a União da Ilha não foi avaliada pelos jurados por causa do incêndio ocorrido na Cidade do Samba.
Última na Avenida, a Beija-Flor emocionou com uma homenagem a Roberto Carlos. A escola de Nilópolis defendeu o enredo "A simplicidade de um rei" e emocionou o sambódromo contando detalhes da vida e da música do cantor.
A União da Ilha do Governador foi uma das três escolas prejudicadas pelo incêndio ocorrido nos barracões, mas conseguiu recuperar alegorias e fantasias com pouco mais de 20 dias de trabalho. Os prejuízos serviram de motivação extra para uma apresentação emocionada.
Por causa do incêndio, ela não participa da disputa pelo título e também não corre risco de ser rebaixada. Os estragos do fogo foram lembrados principalmente no fim do desfile em uma ala formada por funcionários do barracão. A despreocupação com as notas contribuiu para que a União da Ilha fizesse um desfile bastante alegre e marcado por um samba cheio de ritmo e bem executado pela bateria
Salgueiro
Depois da Unidos da Tijuca, foi a vez do Salgueiro levar o universo do cinema para a Sapucaí. E a vermelho e branco cumpriu a promessa de transformar o Sambódromo em um divertido set de filmagem, mas não conseguiu terminar o desfile dentro do tempo regulamentar.
A apresentação durou uma hora e 32 minutos, 10 minutos além do limite, o que pode comprometer a briga pelo título. O Salgueiro teve dificuldade para colocar três dos seus carros na Avenida, o que obrigou a escola a segurar o passo para não abrir buracos no sambódromo.
Com o enredo “Salgueiro apresenta: o Rio no cinema”, a vermelho e branco promoveu um mix de chanchada e blockbuster, levando para a Marquês de Sapucaí tanto personagens do cinema nacional como de Hollywood, com direito a um King Kong na torre da Central do Brasil.
Mocidade
A origem do carnaval a partir dos rituais de celebração à terra foi o mote do desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel. Com o enredo “Parábolas dos divinos semeadores”, a Mocidade levou para a avenida elementos naturais, como a pinha e o trigo. Em todos os setores, a escola falou das festas pagãs e cristãs que celebravam a as riquezas da terra. Cheios de cores, alegria e muita fartura, os 3,9 mil componentes desfilaram em 41 alas.
Formada por patinadores, a comissão de frente representava cristais de gelo. Três dos integrantes do grupo passaram mal antes de terminar o desfile e foram levados a um posto médico. Sétimo lugar em 2010, a Mocidade apostou em carros grandiosos, com muito luxo e acabamento.
Grande Rio
Um desfile recuperado em pouco mais de 20 dias mostrou a capacidade de superação da Grande Rio. Mesmo depois de perder todos as alegorias no fogo, a agremiação chegou à Sapucaí com nove carros - quatro grandes e cinco menores. Segundo o carnavaleso Cahê Rodrigues, a medida foi uma forma de mostrar agradecimento às escolas que doaram as estruturas.
Com o enredo “Y-Jurerê Mirim: a encantadora Ilha das Bruxas (um conto de Cascaes)”, a escola fez uma homenagem a Florianópolis. Bruxas, lobisomens e boitatás fazem parte do universo que a escola retrata na Avenida ao contar a história da cidade.
A chuva que começou a cair pouco antes de a escola entrar na Avenida comprometeu o desfile. Uma das prejudicadas pelo piso molhado foi a ex-modelo Ana Hickmann, que desfilava como destaque de chão. Mesmo optando por desfilar descalça, ela sofreu uma queda e foi atendida por médicos. A escola foi a que apresentou o maior número de celebridades para o sambódromo.
Porto da Pedra
O rico e imaginativo universo das obras infantis criadas pela dramaturga Maria Clara Machado ganhou uma bela homenagem na Sapucaí. Com o enredo "O sonho sempre vem pra quem sonhar, a Porto da Pedra se superou e fez um desfile caprichado e criativo, com direito a efeitos especiais.
Uma bailarina veio "voando" sobre a bateria, na Sapucaí, suspensa por um balão de gás, representando o personagem "Pluft, o fantasminha", um dos mais conhecidos da dramaturga. Ellen Roche fez sua estreia como rainha da bateria comandada pelo mestre Tiago. Geisy Arruda desfilou como destaque de um dos carros.
Beija-Flor
Os integrantes da escola de Nilópolis deixaram o sambódromo com a sensação de que podem disputar ponto a ponto o título do carnaval 2011. Com estrelas da Jovem Guarda e personalidades do mundo artístico, a Beija-Flor realizou um verdadeiro passeio pela vida e obra de Roberto Carlos.
A escola entrou na avenida com uma plateia de fãs do cantor já empolgados. Eles acompanharam deslumbrados o desenvolvimento do enredo "Roberto Carlos: A simplicidade de um rei", que levou calhambeques, lambretas e outras imagens que resumiam a carreira do cantor. O ponto alto do desfile foi a alegoria que encerrava a apresentação. Nela, a escola exaltou a religiosidade do cantor, com imagens sacras e mensagens de fé e paz.
A passagem do cantor Roberto Carlos pela Marquês de Sapucaí durou bem mais do que os cerca de 80 minutos de desfile. Ele chegou ao sambódromo por volta da meia-noite e foi para um camarim, próximo à dispersão. De lá, por volta das 3h, ele foi levado para um motorhome na concentração, onde foi montado um camarim. Lá, ele trocou de roupa, foi maquiado e tirou até um cochilo antes de entrar na Avenida.
“É uma emoção infinita”, resumiu ele sobre ser homenageado pela azul e branca de Nilópolis. Ovacionado quando apareceu em público, ele vestia uma calça branca e blusa azul assinados pelo estilista Ricardo Almeida.
O desfile contou com destaques como Claudia Raia na comissão de frente, Erasmo Carlos e Wanderléa na alegoria em homenagem à Jovem Guarda. Alcione, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Zico, Agnaldo Timóteo e Agunaldo Rayol também marcaram presença na festa.
Dia Internacional da Mulher
"Há cem anos, mulheres de todo o mundo deram um passo histórico no longo caminho em busca da igualdade. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi proclamado para chamar a atenção sobre as inaceitáveis — e freqüentemente perigosas — condições de trabalho que muitas mulheres enfrentavam em todo o mundo. Embora o evento tenha sido celebrado apenas em uns poucos países, ele levou mais de um milhão de mulheres às ruas, exigindo não só melhores condições de trabalho, mas também o
direito ao voto, de ocupar cargos públicos e de serem parceiras dos homens em condição de igualdade.
Eu suspeito que aquelas pioneiras corajosas olhariam para o nosso mundo de hoje com uma mescla de orgulho e frustração. Houve um progresso notável, uma vez que o último século testemunhou uma expansão sem precedentes dos direitos legais e da promoção social das mulheres. De fato, o avanço dos direitos da mulher pode ser entendido como uma das mais profundas revoluções sociais que o mundo já viu.
Há cem anos, apenas dois países permitiam o voto feminino. Hoje, esse direito é virtualmente universal e as mulheres têm sido eleitas para liderar governos em todos os continentes. As mulheres também passaram a ocupar cargos de liderança em profissões das quais eram antes banidas. Bem mais recentemente do que há um século, a polícia, os tribunais e os vizinhos ainda viam a violência doméstica como um
assunto inteiramente privado. Hoje, dois terços dos países dispõem de leis específicas para penalizar a violência doméstica e o Conselho de Segurança das Nações Unidas reconhece, agora, a violência sexual como uma tática deliberada de guerra.
Mas, apesar desse progresso durante o último século, as esperanças de igualdade expressadas naquele primeiro Dia Internacional da Mulher ainda estão bem longe de serem concretizadas. Quase duas em três pessoas adultas analfabetas são mulheres. É menos provável que meninas estejam na escola do que meninos. Todos os dias, a cada 90 segundos, uma mulher morre durante a gravidez ou devido a complicações do parto, apesar de todos os conhecimentos e recursos que dispomos para tornar a gestação segura.
Em todo o mundo, as mulheres continuam a ganhar menos que os homens para executar o mesmo trabalho. Em muitos países, elas também têm acesso desigual à terra e aos direitos de herança. E, apesar de avanços notórios, as mulheres representam apenas 19% das legislaturas, 8% dos negociadores da paz e apenas 28 mulheres ocupam cargos de chefe de estado ou de governo.
Não são apenas as mulheres que pagam o preço da discriminação. Todos nós sofremos por não conseguir obter o melhor de metade do talento do mundo. Nós minamos a qualidade de nossa democracia, a força de nossas economias, a saúde de nossas sociedades e a sustentabilidade da paz. O foco do Dia Internacional da Mulher, este ano, sobre o acesso igualitário das mulheres à educação, ao treinamento, às ciências e à tecnologia, dá ênfase à necessidade de realizar esse potencial.
O projeto para assegurar a igualdade dos gêneros e os direitos das mulheres é um projeto global, um desafio para cada país, rico ou pobre, do Norte ou do Sul. Foi em reconhecimento de sua universalidade e das recompensas, se entendermos corretamente, que as Nações Unidas articularam quatro organizações existentes para criar a ONU Mulher. O objetivo dessa nova entidade, que tenho o grande privilégio de dirigir, é galvanizar todo o sistema das Nações Unidas, para que possamos cumprir a promessa da Carta da ONU de direitos iguais para homens e mulheres. Isso é um ideal, pelo qual lutei toda a minha vida.
Como uma jovem mãe e pediatra, eu passei pela experiência das lutas para balancear a família com a carreira e constatei como a inexistência de creches pode afastar a mulher do trabalho remunerado. A oportunidade de remover essas barreiras foi uma das razões que me levou à política. Foi por isso que apoiei políticas que ampliavam os serviços de saúde e de creche para as famílias e davam prioridade aos gastos públicos destinados à proteção social.
Como presidente, trabalhei duro para criar oportunidades iguais para os homens e as mulheres de contribuir com seus talentos e experiências para o enfrentamento dos desafios que o nosso país tinha pela frente. Foi por isso que montei um gabinete governamental com um número igual de homens e mulheres.
Como diretora-executiva da ONU Mulher, quero aproveitar minha jornada, o conhecimento coletivo e toda experiência acumulada para encorajar o progresso na busca de uma igualdade real de gêneros, em todo o mundo. Nós vamos trabalhar em parceria estreita com homens e mulheres, líderes e cidadãos, a sociedade civil, o setor privado e todo o sistema das Nações Unidas para ajudar os países a implementar
políticas, programas e orçamentos para atingir esse valioso objetivo.
Eu tenho visto por mim mesma que as mulheres podem, com muita frequência e nas circunstâncias mais difíceis, realizar conquistas para suas famílias e para a sociedade, se lhes for dada a oportunidade. A força, a diligência e a sabedoria das mulheres
continuam sendo o maior recurso inexplorado da humanidade. Simplesmente, não podemos esperar outros cem anos para liberar esse potencial. "
Michelle Bachelet é a primeira diretora-executiva da ONU Mulher, uma organização formada recentemente pelas Nações Unidas, para a promoção da igualdade de gênero e empoderamento da mulher. Ela é ex-presidente do Chile.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Imperatriz, Tijuca e Mangueira são os destaques da primeira noite no Rio
Seis escolas abriram primeiro dia de desfiles na Marquês de Sapucaí.
Apresentações repletas de luxo e de criatividade encantaram o público no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca e Mangueira foram os destaques.
Seis escolas se apresentaram na Marquês de Sapucaí na noite de domingo (6) e na madrugada de segunda (7).
Segunda escola a desfilar, a Imperatriz levantou o sambódromo ao falar com bom humor da história da medicina. Já a Unidos da Tijuca, quarta a entrar na avenida, encantou com um enredo sobre o medo no cinema, contado com ajuda de carros cheios de efeitos e alas coreografadas.
Última escola, a Mangueira exaltou sua própria história com a trajetória de Nelson Cavaquinho e voltou a impressionar o público com as paradinhas e a força de sua bateria.
Na opinião dos internautas, as melhores escolas deste primeiro dia de desfiles foram Imperatriz Leopoldinense (9,14), Mangueira (8,9) e São Clemente (8,68). A votação não incluiu as agremiações que sofreram com o incêndio na Cidade do Samba (Portela, Grande Rio e União da Ilha do Governador).
São Clemente
A escola fez um desfile descontraído e colorido na abertura da noite. Ela exaltou as belezas naturais do Rio de Janeiro no seu retorno ao Grupo Especial. A São Clemente apresentou o enredo 'O seu, o meu, o nosso Rio, abençoado por Deus e bonito por natureza'. Um dos destaques foi o samba, que tinha boa melodia e o apoio de versos de fácil memorização. Eles foram cantados no sambódromo: “Sou carioca e são clemente/Irreverente, minha paixão/Meu rio sua beleza inspira o mar azul/Canta zona sul!”.
A comissão de frente da São Clemente mostrou a reunião dos principais santos de devoção no Rio em um conselho deliberativo para decidir a fundação e os caminhos da cidade. Os passistas da comissão de frente evoluíram ao lado de ciclistas. Durante a apresentação, um dos integrantes levou um tombo com a bicicleta, mas se recuperou logo em seguiida e seguiu no desfile.
Imperatriz Leopoldinense
Medicina e carnaval: a parceria aparentemente improvável proposta pela Imperatriz Leopoldinense deu samba e coloriu a Sapucaí. Com o enredo "A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde", a verde e branco de Ramos fez um desfile bem elaborado tecnicamente. No lugar do luxo barroco dos últimos desfiles da escola, o carnavalesco Max Lopes apostou na explosão de cores, no humor e no belo acabamento das fantasias para tentar quebrar o jejum de 10 anos sem títulos.
Primitivos curandeiros, avanços da medicina e até as doenças modernas como a ‘gripe suína’ e o ‘mal da vaca louca’ foram tratados com capricho e descontração. Temas como gravidez, implantes e até bebês de proveta também foram lembrados pelas alas. Um princípio de incêndio no sistema de embreagem do abre-alas provocou um susto na concentração da escola, mas os bombeiros agiram rápido e controlaram o fogo, sem nenhum prejuízo.
Portela
Uma das afetadas pelo incêndio que atingiu a Cidade do Samba, a Portela não deixou se abater e levou para a Marquês de Sapucaí um desfile com muito brilho e a empolgação de seus 4 mil componentes. A escola chegou a extrapolar o tempo, mas eles não serão levados em conta já que a escola não disputa título este ano.
A superação deu o tom do desfile sob o enredo “Rio, azul da cor do mar”, que tratou dos mitos sobre monstros e criaturas das profundezas do mar, além de homenagear os 100 anos do Porto do Rio, exaltado como a porta de entrada do país. Na avenida, não havia sinais das perdas que a escola teve no incêndio.
Unidos da Tijuca
O carnavalesco Paulo Barros comandou um novo espetáculo. Quarta escola a desfilar, a escola repetiu a fórmula que rendeu o título de 2010: colocou na avenida efeitos especiais, alas coreografadas e pontuou o desfile com referências pop. A agremiação tratou do medo no cinema com o enredo "Esta noite levarei sua alma".
Truques de ilusionismo encantaram o público já na apresentação da comissão de frente. Integrantes fantasiados como se fossem mortos-vivos desenvolveram uma coreografia na qual simulavam ‘tirar’ a cabeça do pescoço e também deslocar o tronco da cintura.
Os passos combinados e movimentos de mãos foram uma marca da apresentação. Eles estiveram também no carro ‘Avatar’, que trouxe o pássaro gigante Toruk Makto acompanhado de desenhas de foliões que desenvolviam movimentos pré-combinados.
O carro ‘Transformers’ também fez sucesso na Sapucaí. Nele, homens se transformam em carros vermelhos. Outro destaque entre os efeitos foram as alegorias que simulavam o ataque de um tubarão e outro que lembrava o herói Indiana Jones.
Vila Isabel
O inusitado enredo sobre a história do cabelo foi apresentado de forma criativa e bem-humorada pela Vila Isabel. A escola levou para Sapucaí um festival de musas, entre elas a top Gisele Bündchen, que fez sua estreia no sambódromo e estava fantasiada de Vênus de Milo. Bárbara Borges, Quitéria Chagas e as ex-BBBs Lia Khey e Ariadna completaram a lista de celebridades.
Com o enredo “Mitos e história entrelaçados pelos fios de cabelo”, a escola veio com praticamente todos os seus cerca de 4 mil componentes vestindo perucas para retratar as modas, costumes e histórias de madeixas que fizeram a cabeça da humanidade.
Mangueira
A Estação Primeira de Mangueira realizou um carnaval empolgante com o enredo "O filho fiel, sempre Mangueira", em homenagem a Nelson Cavaquinho. Desde a concentração a escola fez uma apresentação emocionada: o cronômetro foi ligado enquanto o ator Milton Gonçalves ainda lia um poema em homenagem a Nelson Cavaquinho, o que fez a escola entrar na avenida após dois minutos.
Além de fantasias e carros bem acabados, o bom samba da escola foi cantado pelo público. As arquibancadas permaneceram cheias até o amanhecer, mesmo com pancadas de chuva leve que caíram no começo da apresentação.
Destaque da escola, a bateria repetiu diversas vezes uma paradinha que deu espaço para que os integrantes cantassem com entusiasmo o verso "Traço o meu passo no compasso/ Do surdo de primeira.../Sou Mangueira!". O encerramento da escola pode ter ficado comprometido no quesito evolução. Ela apertou o passo para encerrar o desfile dentro do tempo máximo: uma hora e 21 minutos.
Bonecos gigantes animam Carnaval de Olinda
A concentração começou às 9h e atraiu turistas e curiosos, que aproveitaram para tirar fotos ao lado de bonecos de celebridades como Galvão Bueno, Michael Jackson, Ayrton Senna, Jô Soares, Lampião, entre outros.
Olinda teve mais de 50 bonecos que representavam figuras da cultura pernambucana, nacional e mundial.
O desfile dos bonecos começou por volta das 11h ao som da orquestra da Embaixada dos Bonecos Gigantes e tomou as ruas históricas de Olinda, passando pelo Largo do Amparo, Rua do Amparo, Quatro Cantos, Avenida Prudente de Morais, terminando o trajeto próximo à Secretaria de Educação de Olinda.
Sobre os bonecos de Olinda
A tradição dos bonecos ficou enraizada em Olinda, mas ela vem de muito longe. Os bonecos gigantes surgiram na Europa ainda na idade média como uma manifestação pagã. No Brasil, o primeiro boneco criado foi na pequena cidade pernambucana de Belém do São Francisco, onde um jovem resolveu reproduzir um dos bonecos ao ouvir a história de padres sobre as manifestações no velho continente.
Assim surgia, em 1919, o primeiro boneco gigante, batizado de Zé Pereira. A partir da década de 1930, a tradição ganhou as ladeiras de Olinda, que levou os bonecos gigantes para todo o Brasil.
domingo, 6 de março de 2011
Mocidade, Gaviões e Império são destaques da segunda noite em SP
Gaviões empolgou público; Império trouxe carros e fantasias elaboradas.
Belos efeitos visuais, sambas que mexeram com o público e musas em fantasias ousadas marcaram a noite de desfiles que teve Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel e Império da Casa Verde como destaques. A segunda noite de desfiles em São Paulo ocorreu sem chuva ou incidentes que pudessem comprometer o brilho da festa.
Sete escolas se apresentaram no Sambódromo do Anhembi entre a noite de sábado (5) e a madrugada de domingo (6), último dia de desfile do Grupo Especial.
Na opinião dos internautas, as melhores escolas deste segundo dia de desfiles foram Gaviões da Fiel (9,19), Nenê de Vila Matilde (8,93) e X-9 Paulistana (8,84). No G1, os internautas deram notas de 5 a 10 em 6 quesitos: samba-enredo, bateria, comissão de frente, alegoria e adereço, fantasia e mestre-sala e porta-bandeira. A votação não tem relação com o julgamento oficial.
A escola vitoriosa do carnaval paulistano será conhecida na terça-feira (8). A apuração das notas está marcada para ocorrer a partir das 16h.
Nesta segunda noite de desfiles, a Mocidade Alegre defendeu o enredo 'Carrossel das Ilusões' e encantou o público com a coreografia e o desempenho da bateria comandada pelo Mestre Sombra.
Com carros criativos e bem acabados, lamentou a quebra do eixo da quarta alegoria. O problema mecânico impediu a apresentação do carro alegórico que teria um grande cinema 3D.
Novamente empurrada pela torcida nas arquibancadas, a Gaviões da Fiel cumpriu com técnica a tarefa de apresentar um enredo baseado na cidade de Dubai. Última a desfilar, a Império da Casa Verde voltou a impressionar com seus carros grandiosos e um enredo inusitado sobre a história da cerveja.
Nenê de Vila Matilde
O retorno da Nenê de Vila Matilde ao Grupo Especial foi básico, mas com o tempero da tradição. Com o enredo, “Salis Sapientae – Uma História do Mundo!", a escola abriu o segundo dia de desfiles com a história do sal. A escola fez um desfile tecnicamente correto e fechou a apresentação dentro do tempo regulamentar.
Apesar da simplicidade em parte das fantasias e alegorias, a comunidade da Zona Leste cumpriu a promessa de fazer um "carnaval de superação". Um dos destaques da escola foi sua comissão de frente, que usou um truque para 'transformar' uma mulher em "estátua de sal".
A escola foi muito aplaudida em sua passagem pela avenida. O luxo marcou presença na fantasia da madrinha da bateria. Angela Bismark desfilou com uma coroa de 3 mil cristais, avaliada em R$ 20 mil. Melissa Pereira veio como rainha. A escola também chamou a atenção por trazer na comissão de frente destaques com um seio de fora, representando as cidades de Sodoma e Gomorra.
Águia de Ouro
A Águia de Ouro buscou uma receita que costuma render bons carnavais. Escolheu fazer um desfile em torno de um enredo de tema simples e investiu na produção de belas alegorias. Além disso, deu espaço para passistas e destaques desfilarem com fantasias mínimas.
Segunda escola a passar pelo Anhembi, ela contou a história do fogo com o enredo 'Com todo gás a Águia de Ouro é fogo'.
A primeira surpresa para o público foi apresentada já no abre-alas. Para transmitir o calor do fogo ao público, o carro tinha som e foi equipado com telões de LED de 46 polegadas. Instalados nas laterais, eles exibiram cenas de chamas e labaredas. No mesmo carro, uma equipe de especialistas operou um vulcão de 12 metros que lançou labaredas no sambódromo.
Mocidade Alegre
A bateria da Mocidade Alegre não teve receio de perder o ritmo com a paradinha. Antes mesmo de entrar no recuo, ela interrompeu o acompanhamento e deu espaço para os componentes cantarem o samba.
Na sequência, Mestre Sombra fez a bateria evoluir com movimentos coreografados. Os ritmistas se dividiram em dois blocos e trocaram de posição a poucos metros de chegar ao ponto de recuo. Um das atrações mais aguardadas do desfile, o quarto carro alegórico, que apresentaria um grande cinema 3D, teve problemas com o eixo e não chegou a se apresentar.
Vila Maria
A Unidos de Vila Maria transformou o Sambódromo do Anhembi numa luxuosa sala de espetáculos. O universo das óperas, balés, montagens de teatro, bailes e festivais foi apresentado em belas fantasias e alegorias. O desfile começou às 2h41 e terminou às 3h45, dentro do tempo regulamentar. Com um desfile tecnicamente correto e sem incidentes, a agremiação chega com força para brigar pelas primeiras posições na apuração de terça-feira.
O enredo “Teatro Amazonas, Manaus em cena” apresentou a trajetória da casa de espetáculos de mais de 110 anos, ícone da cidade de Manaus, que foi construída por empresários europeus com o dinheiro da borracha.
X-9 Paulistana
A X-9 Paulistana fez um desfile sem inovações e tecnicamente bem elaborado na homenagem ao humorista Renato Aragão. A apresentação foi repleta de referências aos programas de televisão e filmes protagonizados pelo humorista. A escola também exaltou o Ceará, estado natal do "eterno trapalhão".
A apresentação foi marcada pela presença dos amigos e da família do humorista. Renato, que foi destaque na quinta alegoria, mostrou ter ficado apreensivo com a instabilidade da plataforma onde estava uma escultura do Cristo Redentor. Apesar do receio com os balanços da alegoria, o desfile transcorreu sem incidentes. O samba com refrão fácil chegou a animar as arquibancadas do Anhembi.
Gaviões da Fiel
Com fogos de artíficio, bandeiras e gritos, o público transformou o Sambódromo em estádio. Com o enredo “Do mar das pérolas e das areias do deserto à cidade do futuro. Dubai, o sonho do Rei Maktoum”, a Gaviões da Fiel trouxe para a avenida as maravilhas naturais, relações comerciais e os mitos que rondam a cidade de Dubai.
O carro abre-alas apresentou o tradicional gavião da escola, que este ano veio dourado, com movimentos de asas, de patas e emitindo sons. A tecnologia das alegorias, desenvolvida por carnavalescos da festa do Boi de Parintins, também estava na alegoria de um imenso bebê que representava o futuro de Dubai.
Império de Casa Verde
Quando a escola entrou na avenida, às 6h28, já estava claro. A agremiação encerrou o desfile às 7h32. Apesar do desafio de se apresentar a um público já cansado, a escola mostrou empolgação, fez um desfile tecnicamente correto e chega com força para a apuração.
Com uma estátua de um gigante escorpião rei, o abre-alas falou da invenção da cerveja e trouxe elementos da cultura egípcia em meio a imagens de tigres - símbolo da escola. O tamanho das alegorias foi um dos destaques da escola.
Ivete Sangalo tira virgindade de Luan Santana
Ivete Sangalo e Luan Santana cantaram as músicas "Meteoro da Paixão", "Química do Amor", entre outras. Luan Santana recebeu aplausos do público e convenceu em sua estreia. No Twitter, comentários sobre a apresentação de Luan Santana e Ivete Sangalo não faltam. Ivete Sangalo ainda brincou com Luan Santana dizendo: "Ele teve um piriri no Festival de Verão de Salvador, mas agora ele está bem". E depois que Luan Santana se apresentou para o público, a cantora baiana emendou: "É um velho. Tem 19 anos de idade, mas fala que nem velho". O público foi ao delírio. O show foi demais!
sábado, 5 de março de 2011
Rosas de Ouro, Mancha Verde e Vai-Vai são destaques do 1º dia de desfiles em SP
As três escolas entraram luxuosas na avenida e apresentaram um desfile tecnicamente bem elaborado. A noite contou ainda com as apresentações de Unidos do Peruche, Tom Maior, Acadêmicos do Tucuruvi e Pérola Negra.
Na opinião dos internautas, as melhores escolas deste primeiro dia de desfiles foram Mancha Verde, Pérola Negra e Acadêmicos do Tucuruvi. No G1, os internautas deram notas de 5 a 10 em 6 quesitos: samba-enredo, bateria, comissão de frente, alegoria e adereço, fantasia e mestre-sala e porta-bandeira. A votação não tem relação com o julgamento oficial.
A escola vitoriosa do carnaval paulistano será conhecida na terça-feira (8). A apuração das notas está marcada para ocorrer a partir das 16h.
O incidente mais grave foi registrado no desfile da Unidos do Peruche, que teve problemas em dois carros, estourou o tempo regulamentar em três minutos e acabou atrasando os demais. A chuva que tanto preocupava as escolas deu uma trégua durante todo o desfile.
Na noite de sábado para domingo, desfilam Nenê de Vila Matilde (22h30), Águia de Ouro (23h35), Mocidade Alegre (0h20), Unidos de Vila Maria (1h15), X-9 Paulistana (2h10), Gaviões da Fiel (3h05) e Império de Casa Verde (4h10).
Unidos do Peruche
A Unidos do Peruche teve problemas mecânicos, não conseguiu colocar dois carros na avenida, terminou o desfile com atraso, e agora torce para não ser rebaixada.
Com o enredo “Abram-se as cortinas! O espetáculo vai começar. 100 anos de Theatro Municipal de São Paulo. A Peruche vai contar”, a escola abriu o primeiro dia de desfile.
Além de não conseguir cumprir o número mínimo de carros, suas notas ainda serão prejudicadas pelo tempo. A escola levou 68 minutos para tirar todos os integrantes da passarela. O tempo máximo é de 65 minutos. Na dispersão, o diretor-geral de carnaval da Peruche, Augusto Conceição, desabafou: ‘É um trabalho de um ano inteiro jogado fora’.
Tom Maior
Na homenagem feita pela Tom Maior à cidade de São Bernardo do Campo, a maior ausência foi a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O morador ilustre foi convidado para participar como destaque, mas decidiu não ir para o Anhembi.
Com o enredo "Salve Salve São Bernardo, pedaço do meu Brasil - Terra Mãe dos Paulistas", a agremiação contou a história da cidade que foi berço do sindicalismo e da indústria automobilística.
Adriana Bombom veio como madrinha da bateria e desfilou com uma fantasia de iguana cobrindo todo o corpo. Bem menos vestida, quem chamou a atenção foi a modelo Dani Sperle, musa da ala dos compositores, fantasiada de índia caçadora.
Acadêmicos do Tucuruvi
Com o enredo "Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo – capital do Nordeste”, a Acadêmicos do Tucuruvi fez uma bela homenagem aos nordestinos e pode surpreender na apuração das notas.
A comissão de frente veio com seus componentes caracterizados como bonecos de barro, numa homenagem à arte do Mestre Vitalino. A alegoria que trouxe um Luiz Gonzaga com cerca de 7 metros de altura também chamou a atenção.
A dançarina Sheila Mello veio à frente da bateria pela terceira vez consecutiva. Neta de nordestinos, ela dedicou o desfile aos avós.
Rosas de Ouro
Com o enredo "Abre-te Sésamo, a senha da sorte", a Rosas de Ouro apresentou alegorias bem acabadas, fantasias coloridas e fez um desfile com potencial de brigar pelo bicampeonato.
A agremiação evoluiu sem incidentes na avenida e terminou o desfile dentro do tempo máximo. Mas os integrantes da escola tiveram que apressar o passo no fim da apresentação.
Integrantes distribuíram biscoitos da sorte para o público nas arquibancadas. Ali Babá, ciganos, trevos, figas e ferraduras foram os elementos usados pela escola para falar das fórmulas da sorte que trazem dinheiro e prosperidade. Pelo 11º ano consecutivo, Ellen Roche veio como rainha da bateria.
Mancha Verde
A Mancha Verde conta com a força dos gênios da humanidade para brigar pelo título inédito no carnaval de São Paulo. O apelo pop das personalidades homenageadas, de fácil identificação, ajudou bastante na compreensão do enredo e na animação do público.
Com o enredo "Uma ideia de gênio", a escola contou a história de inventores, artistas e cientistas que mudaram a humanidade - nomes como Albert Einstein, Santos Dumont, Heitor Villa-Lobos, Beethoven e Shakespeare-, que vieram representados já na comissão de frente.
Viviane Araújo desfilou pela sétima vez como rainha da bateria e deu show. A modelo foi reverenciada pela torcida, maioria no Anhembi. Outro destaque foi Juliana Salimeni, a Juju Panicat, musa da agremiação.
Vai-Vai
Com o enredo "A Música Venceu!", a Vai-Vai levou à avenida a história de superação do ex-pianista João Carlos Martins, que virou maestro após perder o movimento das mãos.
Emocionado, o homenageado disse que é mais tranquilo estar no Carnegie Hall, em Nova York, do que no Sambódromo paulistano. O maestro desfilou a pé, "regendo" a bateria da Vai-Vai.
Com mais de 70 metros, o carro abre-alas sofreu uma pequena avaria na lateral durante a entrada no Sambódromo.
A dançarina Camila Silva veio como rainha de bateria e Ana Hickmann como madrinha da escola. Já a passista Nani Moreira desfilou com violino em sua estreia na Vai-Vai. Desfilaram também pela escola a cantora Maria Rita, o grupo teen Restart e o ex-jogador de futebol Cafu.
Pérola Negra
Com o enredo “Abraão, o patriarca da fé”, a Pérola Negra fechou a primeira noite de desfiles no Anhembi quando já passava das 8h deste sábado (5). A escola precisou se esforçar nesta semana para superar os estragos provocados pelo temporal de domingo (27). Alegorias ficaram destruídas por causa da enchente que atingiu o barracão.
A apresentação sem sustos e com integrantes animados compensou as dificuldades recentemente enfrentadas pela agremiação.
A escola entrou na avenida com fantasias mais comportadas e pouca nudez, por defender um enredo enraizado nas doutrinas do cristianismo, judaísmo e islamismo.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Bell Marques canta pela 1ª vez em Salvador sem a barba
Em 2009, Bell Marques já havia dito ao G1 que tinha medo de não ser reconhecido sem a bandana, a barba e o cabelo comprido e que tinha receio de cortá-los. O músico confessou, antes de se apresentar na primeira noite do Festival de Verão de Salvador daquele ano, que tinha medo de tirar a bandana em público e não ser reconhecido pelos chicleteiros. "A bandana virou uma marca muito forte. Quem olha para mim vê o Chiclete com Banana. Meu visual é tão forte que não preciso estar na mídia sempre", afirmou à época.
O novo trio é equipado com camarim refrigerado, sistema som frontal móvel conforme a direção do caminhão e plataformas laterais hidráulicas. O Rex Skydome custou cerca de R$ 1,7 milhão e recebeu também detalhes cromados; um novo palco, que desce totalmente, trazendo Bell bem pertinho do público; teto transparente de acrílico e piso de LED, que muda de cor; e um painel de LED na frente do veículo.
Bell disse que incluiu no repertório carnavalesco a música "Minha vida", que é a canção de trabalho da banda Oito7nove4, dos meus filhos [Pipo e Rafa].
Ivete Sangalo abre o carnaval de Salvador
Tema do carnaval da musa da baiana é "Hoje é Dia de Ivete".Ivete Sangalo estreou em grande estilo no circuito Barra-Ondina em Salvador, na tarde desta sexta-feira (4). A cantora animou os foliões em cima do novo trio, o Demolidor Y - em referência aos jovens da geração Y - que teve decoração inspirada em um iPod gigante. O veículo foi todo pitando de branco e tem detalhes em preto. No ano passado, ela caracterizou o trio como uma floresta.
Toda de branco, Ivete surgiu e logo brincou com os fãs, dizendo que estava "seminua" com um modelo da estilista Patrícia Zuffa, que também desenhou os trajes que serão usados pela cantora durante os outros dias de desfile. Todos são baseados em maiôs de estilo retrô.
Para descontrair, de tempos em tempos, Ivete pergunta aos fãs: "Eu tô gostosa, minha gente? Tô gostosa como vocês nunca viram antes?". Ela também exige que eles cantem os principais sucessos. "Vamos aí, minha gente, quero ouvir."
O tema do carnaval da musa baiana é "Hoje é Dia de Ivete” e ela abriu o show com "Acelerae". O hit “Desejo de Amar”, apresentado por ela no Madison Square Garden, foi a aposta para o carnaval deste ano.
Após a apresentação desta sexta, Ivete volta a desfilar no sábado (5) com o Bloco Cerveja&Cia, também na orla de Salvador, no circuito Barra-Ondina. No domingo (6), começam as comemorações dos 10 anos de Ivete à frente do Bloco Coruja, que desfila domingo e terça no circuito Campo Grande e segunda-feira (7) na Barra-Ondina.
Amy Winehouse divulga fotos de seu próximo CD
As fotos são um bom presságio para quem aguarda ansiosamente o lançamento do novo disco. O último CD oficial de Amy, "Black to black", foi lançado em 2006. Logo depois, houve uma versão Deluxe, com novas faixas. Desde então, a cantora não entra em estúdio para gravar um álbum inteiro.
No fim do ano passado, chegou às rádios a versão dela para "It's my party", para o novo CD de Quincy Jones. A música teve relativo estardalhaço por ser a primeira música inédita dela lançada em anos.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Britney Spears ganha três capas em especial de revista
Ivete Sangalo deseja um feliz carnaval a Claudia Leitte
Beyoncé doa cachê de R$ 1 milhão referente ao show que fez para Gadafi
Na ocasião, Beyoncé fez uma apresentação de 45 minutos e quem confirmou a doação foi a porta-voz da artista, Yvette Noel-Schure. "Todo o cachê pago a Beyoncé por sua performance em uma festa privada em Nikki Beach, em St. Barts, na noite de Ano Novo de 2009, inclusive as comissões de seus agentes, foram doadas para as vítimas do terremoto no Haiti, há um ano. Assim que soube que o promotor da festa estava ligado à família Kadhafi, achamos por bem doar o pagamento para uma boa causa", explicou Yvette.
Os cantores Lionel Richie, Usher e Mariah Carey também se apresentaram para o ditador, mas ainda não se pronunciaram sobre o caso.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Por US$ 1 milhão, Sandy "vira Devassa" em campanha
Loira e com visual de cabaré, ela entra em cena de costas no comercial, que foi ao ar ontem, ao som da trilha do filme "O Homem do Braço de Ouro" (1955) -a mesma do polêmico comercial de Paris, proibido pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) após protestos da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
O locutor convida o público a conhecer o outro lado da moça comportada, que vira de frente, abre uma garrafa de cerveja na quina do balcão, lança o chapéu para a plateia e começa a dançar.
O mote da campanha, criada pela agência Mood, é: "Todo mundo tem um lado Devassa".
"O óbvio seria ir atrás de outra Paris", diz Aaron Sutton, diretor de criação da Mood. "Fizemos o contrário." E qual o lado Devassa da Sandy? "Ela adora luta, é fã de "Ultimate Fighting"
Para mostrar seu outro lado, Sandy vai receber US$ 1 milhão, cerca de US$ 300 mil a mais do que Paris. O contrato é de um ano, renovável.
Na entrevista de lançamento da campanha, no Rio, Sandy disse ter ficado surpresa com o convite. Nos tempos de dupla com o irmão Júnior, eles tinham acordo que proibia campanhas para marcas de bebida alcoólica.
Aos 28, Sandy afirmou que curtiu o conceito da campanha e que seus fãs deixaram de ser adolescentes. "Meus fãs têm a mesma idade que eu, são adultos e têm consciência de seus atos."
Augusto Cruz Neto, sócio-diretor da Mood, diz que, depois de tornar a marca conhecida [com Paris], o objetivo agora é fazer crescer as vendas, aproximando a marca dos consumidores de cerveja. Cada vez mais, os comerciais trarão não apenas Sandy, mas pessoas bebendo em clima de descontração.
"Temos agora um conceito que é para cima, engraçado, cervejeiro, popular." Sem Paris, a intenção é dissociar o caráter "devasso" de Devassa e associar a marca à descontração.
terça-feira, 1 de março de 2011
Taare Zameen Par - Como as estrelas no céu todas as crianças na Terra são diferentes
O que é um grande filme? Esta é uma pergunta difícil de responder.
Uma interpretação? Um diretor? Um complexo roteiro e história eletrizante? Um grande produtor?
Difícil, principalmente quando nos deparamos com produções distantes de nossos contatos cotidianos. Isto é o que acontece com o momento final de projeção do filme indiano “Taare Zameen Par” que é traduzido para o português como, “Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial” ou simplesmente “Somos Todos Diferentes”. Mesmo em sua longa duração, mais de duas horas de filme, so nos demos conta que chorar e sorrir durante uma experiência cinematográfica acontecem em momentos memoráveis e breve. Desde o primeiro momento a experiência do filme é única. Isto mesmo quando já de ante mão sabemos que se trata de uma produção de Bollywood, o que pode se traduzir em pura reprodução de clichês.
O filme revela-se como uma preciosidade principalmente para que convive com as questões educacionais. Mais claro que de forma alguma podemos retratá-lo por este simplismo. As interpretações dos atores estão para além de classificá-lo como uma simples produção dirigida ao pedagogismo.
A história gira em torno das condições adversas de Ishaan Awasthi, um garoto de 9 anos que com dificuldades de relacionamento normal com o mundo exterior vive um mundo de escaramuças cotidianas. Esta diferenciação ocorre principalmente a partir de sua vida escolar onde tem dificuldades de acompanhar as atividades escolares por sofre um tipo de dislexia. A indisciplina é seu único meio de sobreviver na escola.
Ishaan Awasthi é filho caçula de uma família indiana que tem sua estrutura espelhada nos típicos valores da classe média urbana do capitalismo ocidental. O irmão mais velho é sempre o primeiro da turma, joga tênis, muito disciplinado e preocupado com sua formação escolar. Sua mãe uma mulher que deixa a carreira profissional para cuidar dos filhos e da casa é muito amorosa e cuidadosa com a família. O pai um profissional burocrático do mercado financeiro, pelo menos é o que parece, tem no mercado o centro das preocupações futuras com a formação dos filhos.
Como acontece com boa parte das crianças que tem este tipo de problema Ishaan Awasthi encontra na rebeldia e revolta a forma de superar suas dificuldades de relacionamento causados pela dislexia. Esta sua postura coloca todo o universo ao seu redor em permanente desestabilidade. Seu conviveu escolar torna-se insuportável, o que leva seu pai decidir pela sua transferência para uma escola integral de regime extremamente rigoroso e conservador. Este novo modelo escolar so faz piorar o desenvolvimento do garoto, ainda mais pelo agravante da separação de sua mãe e de seu irmão que são seus únicos tradutores do mundo imediato.
Mas como todo bom filme da escola americana drama é uma caminho entre tristeza e felicidade. A mudança acontece com a vinda de um professor substituto. Por puro golpe de sorte seu novo professor de artes, Ram Shankar Nikumbh, reconhece no garoto o mesmo problema que também sofreu em sua trajetória escolar e pela sua trajetória de professor para crianças com necessidades especiais. Detectando a diferença de Ishaan, Ram Shankar Nikumbh, após entrar em contato com a família e diagnosticar o caso, passa a aplicar um tratamento pedagógico diferenciado para ensino de crianças com dislexia. Daí até o momento final do filme, temos um significativo conjunto de emoções pautas nas relações sociais e individuais de relacionamento entre pessoas que sentem a exclusão social em diferentes dimensões.
A trilha sonora é magnífica. Tem uma sequência de animação extremamente criativa que acompanha a introspecção de Ishaan, e atuação do elenco é soberbo. Uma produção muito bem cuidada.
Para alem da história destaco que ainda tinha visto uma sequência tão significativa sobre a dislexia. Desde os sintomas que ficam claros no final do filme até a forma de tratamento diferenciado da didática que deve ser aplicada a este tipo de problema. O reconhecimento que Ishaan encontra nos desvalidos e excluídos da cidade em sua perambulação quando foge da aula de matemática. A sequência em que mostra o professor Ram Shankar trabalhando na escola para crianças com necessidades especiais também é muito emocionante. A postura do pai, que a meu ver, representa a maioria das opiniões sobre como deve ser o relacionamento do processo de aprendizagem com o mundo do mercado capitalista também é muito interessante para reflexão.
Enfim é um belo filme, ou mais que isto um verdadeiro documento audiovisual sobre um problema que pouco se discute no interior dos cursos de formação docente. Ou pode até acontecer a discussão mais com certeza o filme contribui imensamente para ao aprofundamento da reflexão sobre a exclusão e o tratamento dos diferentes no interior da escola.