A música brasileira lembra e lamenta nesta sexta-feira os 10 anos da morte de uma das maiores e mais irreverentes intérpretes do país, Cássia Eller, que faleceu em 29 de dezembro de 2001 por um infarto do miocárdio.
Cássia Rejane Eller, seu nome de batismo, nasceu em 10 de dezembro de 1962, no Rio de Janeiro e manifestou seu interesse pela música aos 14 anos, quando ganhou seu primeiro violão. Com o talento que lhe era característico, dispensou as aulas de música oferecidas pela mãe e aprendeu a tocar o instrumento com o apoio de dois volumes de método de violão.
Logo depois, antes de conquistar a fama, emprestou sua potência vocal a hits como "Meu mundo ficaria completo (com você)", "O Segundo Sol" e "All Star", além de trabalhar em óperas e também como servente de pedreiro.
Com seu jeito irreverente, Cássia logo conquistou o público. Em doze anos de carreira, lançou dez discos, todos com composições de outros artistas, como Cazuza, Renato Russo, Caetano Veloso e Nando Reis. Apenas três musicas das quais gravou eram de sua autoria.
Um dos fatos mais marcantes de sua carreira cheia de polêmicas, foi quando Cássia exibiu os seios durante sua apresentação na terceira edição do Rock in Rio, no Rio de Janeiro, janeiro de 2001, ano em que a agenda da cantora esteve cheia.
Ela gravou ainda o DVD "Acústico MTV", e também se apresentaria no Réveillon, mas faleceu dias antes. Inicialmente, a cantora teria morrido vítima de uma overdose de drogas ilícias, mas a suspeita foi descartada pelos médicos.
Homossexual assumida, Cássia Eller viveu por 14 anos ao lado de Maria Eugênia Vieira Martins, que ficou responsável pelo filho da cantora, Francisco, Chicão, hoje com 18 anos. Ele é fruto de um caso de Cássia Eller com o baixista Tavinho Fialho.
Maria Eugênia ainda mora no apartamento que dividia com a cantora no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o mesmo que originou a canção "All Star", que Nando Reis compôs para Cássia. Ela divide o imóvel com Francisco, de quem tem a guarda definitiva desde 2002.